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quarta-feira, 29 de julho de 2009

NOVO VIDEO DO US - U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight


U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight from David OReilly on Vimeo.




Maravilhosa animação do novo clipe do U2. Historinha bonitinha !

quarta-feira, 15 de julho de 2009

NOME PRÓPRIO de Murilo Salles

O blog vai ao cinema

"Nome Próprio", filme baseado em livros e site de Clarah Averbuck, leva a internet ao cinema, com protagonista blogueira

Ali pela virada do século, a gaúcha Clarah Averbuck tornou-se uma das primeiras celebridades da internet brasileira.
Tinha seus 20 e poucos anos, escrevia em um e-zine cultuado (o extinto Cardosonline), estava
de mudança para São Paulo (em 2001), começava a escrever um livro ("Máquina de Pinball") e a criar um blog (Brasileira!preta) popular.
Na mesma época, o cineasta Murilo Salles ("Como Nascem os Anjos") descobriu o blog e a escritora lendo sobre a fama deles em uma coluna de jornal. Comprou o livro e mandou um e-mail para a autora dizendo que queria adaptá-lo.
Sete anos depois -tempo suficiente para Averbuck publicar outro livro e escrever incontáveis posts, que acabaram se somando à adaptação para as telas-, o filme ficou pronto.
(...)

LEIA O ROTEIRO DE NOME PRÓPRIO. Aqui você baixa a primeira versão do roteiro, de Elena Soárez.


DEBATE APÓS FILME




ENTREVISTAS

MySpace Black Curtain - "Nome Próprio"


PORCAS BORBOLETAS E CICATRIZES

Musica "Nome Próprio", do Porcas Borboletas


MAKING OF

Nome Próprio - trailer/making off - remix de Lucas Bambozzi



Lembro me bem da primeira vez que assisti "Como nascem os anjos" de Murilo Salles. Um filme sedutor que ao mesmo tempo embrulha o estômago. Coisa de cineasta vanguardista com vertentes no cinema europeu. Desde então, Murilo cresceu muito como documentarista e cineasta. Agora, esta é a oportunidade para os desavisados, conhecer este fabuloso cineasta. Que neste caso, buscou a fonte no acaso de um blog e sua realizadora para compor sua nova obra. Além do mais, coloca uma das mais talentosas atrizes do cinema, que já estava longe da tela grande há algum tempo, nua, desregrada, num papel abusado, que em nenhum momento, ultrapassa o vulgar.
Nome Próprio promete causar mais burburinho do que o chato ROTA COMANDO.

EU VOU ASSISTIR PRIMEIRO DEPOIS EU COMENTO ! KKKK !

domingo, 12 de julho de 2009

O FILHO DE RAMBOW

Diretor(es): Garth Jennings
Roteirista(s): Garth Jennings
Elenco: Neil Dudgeon, Bill Milner, Jessica Stevenson¹, Anna Wing, Will Poulter, Tallulah Evans, Emilie Chesnais, Paul Ritter, Finola McMahon, Rachel Mureatroyd, Taylor Richardson, Peter Robinson (3), Charlie Thrift, Jules Sitruk, Sam Kubrick-Finney

SINOPSE

Ambientado no verão do interior britânico dos anos de 1980, a história fala sobre dois garotos de diferentes formações culturais e comportamentais que acabam se tornando grandes amigos. O órfão de pai Will é o filho mais velho numa tradicional família da congregação Plymouth Brethren (também conhecida como "Irmãos de Plymouth"), um movimento cristão fundamentalista cujos integrantes se consideram os escolhidos de Deus. Seguidores de um rígido código moral, Will sabe que jamais lhe será permitido juntar-se às crianças fora de seu grupo, escutar música ou assistir à televisão. Mas um dia ele conhece o garoto Lee Carter, o terror da escola e famoso por fazer vídeos caseiros bizarros. Carter então apresenta a Will uma cópia pirata de "Rambo - Programado para Matar", o que deixa o menino alucinado. Cheio de ideias, Carter decide fazer a sua versão do filme e ainda colocar o novo amigo Will como o personagem central. O jovem tem sua grande chance de conhecer um mundo completamente diferente do seu, mas também terá de ter muita imaginação para manter isso em segredo de sua família.

Belo filme inglês sobre amizade, companheirismo e sonhos num universo infantil livre do olhar deturpador adulto. Um filme para curtir !





DOWNLOAD > RMVB Legendado - 299MB
Megaupload

sábado, 4 de julho de 2009

CORALINE

CORALINE de Neil Gaiman

CORALINE: O OUTRO LADO DO ESPELHO DE NEIL GAIMAN
Como um romance escrito para crianças pode ser uma das melhores leituras para adultos nos últimos tempos
por Enéias Tavares (neiastavares@yahoo.com.br)

nquanto dizia essas palavras, seu pé escorregou, e no momento seguinte, tchumbum! Estava com água salgada até o queixo... No entanto, ela logo entendeu que estava na poça de lágrimas que tinha chorado. ‘Gostaria de não ter chorado tanto!' disse Alice, enquanto nadava ao redor, tentando encontrar o seu caminho. ‘Vou ser castigada por isso agora, pelo visto, morrendo afogada nas minhas próprias lágrimas! Vai ser esquisito, com certeza! Mas tudo é esquisito hoje.'”

Quando pronunciou essas sílabas, no capítulo dois de Alice no País das Maravilhas , de Lewis Carroll, mal sabia a pequena Alice que estava colocando em simples palavras o enigma da infância encerrado dentro de cada um de nós: não apenas a pressão do mundo adulto para crescermos sábios e fortes, como também a estranheza de um mundo em que os pais estão longe e todo um universo nada mais é do que, segundo Alice, esquisito. Recauchutando essa idéia de forma mais do que original, o escritor inglês Neil Gaiman brindou-nos com a melhor versão moderna do romance de Carroll: um livro para crianças, que deve também ser lido por adultos, chamado Coraline .

Quando a graphic novel em três edições Orquídea Negra foi publicada pela DC Comics em 1988, tanto seu autor Neil Gaiman como seu ilustrador, Dave McKean, eram praticamente desconhecidos fora da Inglaterra. Com o sucesso de Orquídea Negra e com a contínua parceria da dupla, como roteirista e capista, respectivamente, na série mais premiada dos quadrinhos, Sandman (de 1989 a 1994), já era de se esperar que a dupla voltasse a trabalhar novamente em outros projetos, o que de fato aconteceu. Assim, quando foi anunciado em meados de 2001 que estavam preparando um pequeno romance para crianças, a atenção não foi pequena. Em 2002, lançaram o tão aguardo romance Coraline , escrito por Gaiman, com ilustrações e capa de McKean. Diferente de Sandman , em que o foco principal era uma história adulta escrita por um adulto para adultos, em Coraline temos uma balada sombria que deve ser tocada para crianças. Mas não para qualquer criança. Caso raro na literatura infanto-juvenil atual, Coraline é indicado para crianças que se recusam a ser hipnotizadas pela televisão e também para a criança perdida dentro de cada um de nós, que no decorrer da adolescência e da vida adulta acabou se perdendo na burocracia da responsabilidade.

A história começa com a filha única Coraline (e que não a chamem de Caroline!) mudando-se com seus pais para um apartamento reformado, que antigamente era uma grande mansão. Nela, Coraline descobre uma porta que às vezes dá para uma parede de tijolos e às vezes para um outro mundo “quase” igual ao seu. Nesse novo e alternativo mundo, Coraline poderia aparentemente ser bem mais feliz que na vida com que estava acostumada. Seus brinquedos têm vida própria, pode-se comer batatas fritas toda hora, sempre tomar refrigerante no lugar de água e ir dormir a hora que quiser. Além disso, nesse mundo os pais de Coraline podem e querem brincar com ela todo o tempo. O único porém é que, no lugar de olhos, eles têm botões de camisas costurados, e para Coraline ficar ali, deve também deixar sua querida outra mãe costurar um botão em cada um dos seus. Para a protagonista, tudo é uma simples questão de escolha, até que sua outra mãe aprisiona seus pais verdadeiros, fazendo com que ela fique completamente sozinha em sua verdadeira casa. Sua única opção é voltar para o mundo atrás da parede de tijolos na esperança de resgatar seus pais.

Lidando com temores infantis, e muitas vezes também adultos, como solidão, tristeza e indecisão, Gaiman vai montando o seu pequeno romance como uma cantiga de ninar que aos poucos se transforma numa pesada e violenta canção noturna. Com diversas referências a Shakespeare, Edgar Allan Poe, Lewis Carroll e à obra prima de Roman Polanski O Bebê de Rosemary , só para citar algumas, Neil Gaiman demonstra um domínio perfeito de sua prosa concisa, rápida e afiada. Assim, se Carroll escreveu um livro de crianças para adultos, Gaiman consegue aqui transcender isso, ao escrever um livro adulto para crianças.

No decorrer da cada um dos 13 capítulos, Coraline encontra-se com um elenco invejável de personagens coadjuvantes. Abaixo de seu apartamento, moram as idosas senhoritas Spink e Forcible, ex-atrizes de teatro que dedicam horas a conversar sobre filmes antigos e a cuidar de seus três cães escoceses. Acima, vive um velho de bigode chamado senhor Bobo que entre outras coisas está a treinar um Circo de Ratos, embora eles estejam com uma dificuldade enorme de tocar no compasso certo. Ainda a destacar são as crianças presas atrás do espelho, destino igual ao de Coraline se não conseguir encontrar seus pais e voltar para seu mundo. Os pais da protagonista são atenciosos e amorosos com sua pequena filha, embora tenham que ficar tempo demais na frente do computador “ fazendo coisas de adultos”. No capítulo V, encontramos uma das mais tocantes e sinceras descrições de coragem e amor paterno num acontecimento lembrado por Coraline quando seu pai a salvou de um enxame de vespas ainda em sua antiga casa.

Essa distância necessária da pequena Coraline de seus pais ocupados é um dos pontos altos da narrativa de Gaiman. A história de Coraline nos faz pensar sobre os meses e os anos que pais perdem quando não vêem seus filhos crescendo por estarem ocupados demais, por serem responsáveis demais ou por serem, simplesmente, adultos demais. Marco Aurélio, um dos mais sábios Césares do passado, em uma frase usada por Ridley Scott em seu Gladiador , escreveu que “os pecados de um filho refletem os pecados de seus pais”. Talvez o distanciamento dos jovens hoje nada mais seja do que um reflexo do afastamento de seus pais, fato não tão preocupante na geração passada. No caso de Coraline, lhe é oferecido em seu outro lar tudo o que faltaria no verdadeiro: a atenção de seus pais.

Mas quem realmente rouba todos os capítulos em que aparece, ficando mudo ou falando, é definitivamente o Gato Preto. No capítulo IV, Coraline, já do outro lado da porta, pergunta ao Gato Preto se poderiam ser amigos. O gato responde : “Sim, poderíamos ser amigos. Como também poderíamos ser espécimes raros de uma raça exótica de elefantes africanos dançarinos. Mas não somos. Pelo menos eu não o sou” . Depois de perguntar seu nome, Coraline recebe a seguinte resposta : “Gatos não tem nomes... Vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes”. Sempre com uma língua afiada e com unhas mais afiadas ainda, o Gato Preto por fim torna-se amigo de Coraline para, no desfecho da trama, ter um papel decisivo no confronto com a outra mãe que acaba se revelando a grande vilã da história.

Por fim, Neil Gaiman, monta, em Coraline , uma de suas melhores galerias de personagens, e isso falando do homem que deu vida aos perpétuos de Sandman e ao mundo de fadas, heróis, monstros e estrelas caídas de Stardust . Numa alusão a nossa infância, ele apresenta o pesadelo de cada um de nós: o de viver prisioneiro dos nossos próprios sonhos e desejos. Próximo do final da narrativa, um dos personagens diz a Coraline: “E se você fizer tudo o que jurou que faria? E daí? Nada mudou. Você vai pra casa. Vai se entediar. Vai ser ignorada. Ninguém vai ouvir você, ouvir realmente. Você é esperta demais e quieta demais para que eles a compreendam. Eles sequer sabem falar o seu nome. Fique aqui conosco. Nós te ouviremos, brincaremos e riremos com você. Sua outra mãe construirá mundo inteiros para você explorar e rasgar a cada noite quando tiver acabado. Cada dia será melhor e mais brilhante do que o anterior. Lembra-se da caixa de brinquedos? Não seria melhor o mundo construído daquele jeito e somente para você?...Se ficar aqui, terá tudo o que quiser!” E é nesse ponto que Gaiman propõe à sua protagonista, e a todos nós, uma escolha entre ser deus e ser humano, tendo de um lado a realização completa de todos os nossos desejos, e do outro, a nossa vida como sempre a vivemos, com todos os seus pequenos grandes momentos de alegrias, dores, amizades, lágrimas, vitórias, tombos, desapontamentos e amores. A pergunta que gruda em nossa mente é: “O que nós escolheríamos?” Coraline não pestaneja ao responder: “Você realmente não entende não é? Eu não quero tudo o que eu quiser! Ninguém quer. Não realmente. Que graça teria ter tudo o que se deseja? Em um piscar de olhos e sem o menor sentido? E daí?... É claro que você não entende. Afinal você é apenas uma cópia ruim de um ser humano. Talvez nem isso.” Quanto a nós, certamente escolheríamos o mesmo, se já não fossemos tão adultos.

Assim, Neil Gaiman nos brinda novamente com um passeio pelos nossos próprios sonhos e pesadelos, agora ao lado da pequena e esperta Coraline. Ao seu lado, Dave McKean nos apresenta algumas das suas mais assustadoras e belas ilustrações, junto a uma de suas mais impressionantes capas. O que fica somos nós e nossas escolhas, entre continuarmos a ser adultos ou, uma vez ou outra, dar uma espiada atrás da porta que dá para a parede de tijolos. Talvez algum dia, ou em alguma noite, venhamos a encontrar um longo e escuro corredor que nos levará aos sonhos e aos desejos perdidos de nossa longínqua infância.



quarta-feira, 1 de julho de 2009

NOVO FILME DE FRANCIS FORD COPPOLLA GRAVADO NA ARGENTINA
Neste video Coppolla fala sobre TETRO em seu escritório numa gravação caseira





Tetro – Trailer Oficial de Francis Ford Coppolla