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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009



Ricky

François Ozon adere ao realismo fantástico em historinha carola

04/11/2009Marcelo Hessel

Cineasta chegado num artifício, seja a quebra da narrativa em Amor em 5 Tempos ou a apropriação de gêneros em Angel, o francês François Ozon testa com Ricky uma ilusão diferente: o realismo fantástico.

Acompanhamos a história de Katie (Alexandra Lamie), uma operária francesa que começa o filme, bem ao gosto de Ozon, com uma charada: por que ela está diante de uma assistente social implorando, com a cara chupada de quem chora muito e dorme pouco, para que levem seu filho embora?

A trama volta alguns meses no tempo e agora, em tom de brincadeira, mostra Katie sendo acordada de manhã por sua filha, Lisa (Mélusine Mayance), como se a dona da casa fosse a menina. Desde esse começo percebe-se que há um núcleo familiar rachado ali: o pai de Lisa mora longe, Katie não parece muito a fim de assumir nada, e a filha vive com o peso da responsabilidade transferida.

Na fábrica, Katie então conhece Paco (Sergi Lopez), e logo engravida dele. Nasce Ricky, o bebê do título, que trará para o filme o elemento fantástico. Não convém aqui contar o que separa Ricky dos bebês normais, mas digamos que a sua presença "especial" age como efêmero catalisador de mudanças na casa.

A música de suspense, algumas situações de humor e muita maquiagem misturada com efeitos especiais garantem a atenção do espectador, enquanto Ozon transita, como sempre, no limite do que propõe (pintar as paredes do quarto da criança com nuvens é muito deboche...). No fim, porém, percebemos que Ricky poderia se chamar Lisa. A verdadeira protagonista da história é a irmã.

Não só porque há o ciúme natural de ser substituída por um novo filho, mas porque Lisa era quem mais sentia a quebra do núcleo familiar, e o tema que atravessa todo o filme é o da responsabilidade de gerir um núcleo desses. Ozon não só trabalha em cima desse ideal um tanto tradicional de família como se abre para interpretações religiosas - Katie é filmada sob a luz frenquentemente, e o bebê, sob essa leitura, seria uma manifestação divina. O clímax entre mãe e filho reforça essa impressão.

E não por acaso, quando Paco e Katie abraçam Lisa no final do filme, as mãos dos dois nas costas da menina formam o desenho de asas. Não só Ricky parece ser obra dos céus, Lisa também tem sua porção de querubim. Um tanto angelical, esse filme de Ozon.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Achei excelente alguns comentários abaixo, e segue também uma entrevista com Trier. Minha sincera opnião é a seguinte: Trier não é o maior diretor de todos os tempos, mas com certeza caminha de obra prima em obra prima, ousado, e desafiador de seus próprios limites, é inevitável que ele cause furor na mente dos quadrados críticos americados. Em termos de arte, o filme de Trier é uma obra prima visual, com cenas maravilhosas, meticulosamente trabalhadas, com uma direção fotográfica esplendorosa. Como filme de terror, O Anticristo é tão intenso e particular como O iluminado de Kubrick, ao qual seguia sua propria linha de intensidade. A mulher, soa uma pouco como o personagem de Jack Nicholson, e o medo se torna algo imprevisivel.

A depressão causada pela morte do único filho, faz com que a mulher tente apagar as marcas da dor com sexo e auto flagelo, oprimindo dessa maneira seu esposo, que tenta traze-la á realidade atravez de terapias não muito funcionais.

Um filme para ser assistido, muito analisado, pensado, e criticado com certeza. Pois por essa razão foi feito. Trier se tornou mestre em tratar sobre sentimentos fortes. E o mais interessante, não se importa com a opnião de ninguém !



'Anticristo', de Lars Von Trier, divide Cannes e diretor diz que é 'o melhor do mundo'

Na entrevista que concedeu após a sessão, Lars Von Trier disse que o filme o escolheu, e não o contrário. "Eu não tive escolha. É a mão de Deus, acredito. E eu sou o melhor diretor de cinema do mundo", disse, mandando às favas a modéstia.

Alguns espectadores de "Anticristo" podem discordar desta típica fanfarronice do cineasta dinarmarquês. O filme teve tanto aplausos como risos e vaias em sua primeira exibição em Cannes. Conta a história de um casal, interpretado por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, que se refugia numa floresta isolada após a morte de seu filho. Lá fora, na vastidão da natureza, algo maligno - vegetal, animal e, mais do que tudo, humano - vai se apoderando de suas mentes. Parte da plateia se horrorizou com algumas sequências particularmente tensas, e outras de violência explícita quase insuportável, incluindo uma cena de mutilação genital.

"Eu não acho que tenha que justificar nada", disse o auto-intitulado "melhor diretor do mundo". Mas afirmou que fazer este filme foi uma maneira que encontrou para se recupertar de um período de severa depressão. "Eu trabalho para mim mesmo, não fiz este pequeno filme para você ou para o público, por isso não acho que deva explicar nada a ninguém", disse.

Von Trier, porém, reconheceu que "Anticristo" ainda é uma incógnita em termos de recepção. "Talvez venha a ser uma catástrofe", admitiu. "Já fui muito maltratado pela imprensa antes, mas até que gosto disso. É sempre um bom começo para uma discussão."

Em 2000, Von Trier venceu Cannes com o depressivo "Dançando no escuro". Apesar do que se vê na tela, o casal de protagonistas afirmou que participar de "Anticristo" foi surpreendentemente agradável - até mesmo a companhia de Von Trier, conhecido por não sere exatamente bonzinho com os atores de seu filme. "Foi muito intenso", resumiu Gainsbourg. "Adorei sua companhia e seu senso de humor", elogiou Dafoe.


... E o Terror de Filmar

O cineasta Lars von Trier enfrentou uma depressão enquanto rodava “Anticristo”. Ele diz que muito do que há no filme tem a ver com os fantasmas que o assombraram durante a doença

Por Thiago Stivaletti, de Cannes

O que faz um artista em depressão? Desiste de criar ou serve-se da crise para conceber não aquilo que previa, mas uma outra obra, que incorpore essa nova visão de mundo?

O dinamarquês Lars von Trier propôs no passado uma depuração do cinema com o Dogma 95 — uma série de "regras" para livrar o cinema dos rebuscamentos de linguagem. Seu novo filme, o terror Anticristo, que estreia neste mês no Brasil, teve o roteiro escrito no meio da crise de depressão que o cineasta sofreu há dois anos. Exímio roteirista, ele é o primeiro a admitir que, desta vez, não escreveu um bom roteiro. Em vez de conexões lógicas ou reflexão dramática, as cenas se juntavam sem razão, muitas vindas de sonhos que teve na infância ou durante a depressão.

No filme, um casal em luto pela perda do filho se retira para o "Éden", um chalé isolado na floresta, onde tenta curar suas feridas e reparar um casamento em dificuldade. Mas a natureza toma as rédeas, e as coisas só pioram. Anticristo está longe de ser um dos grandes filmes do diretor. As cenas vão do sublime (o prólogo em preto-e-branco) ao trash mais patético. Para o diretor, mais do que um filme, é uma vitória sobre sua própria crise.

Há dois anos, você passou por uma grave depressão. O que mudou em sua visão de mundo naquele período?

Fiquei extremamente autocentrado. Olhava de modo estranho para uma parede. Podia chorar durante uma hora. É como voltar a certo estado da infância.

E hoje você sabe o que o levou à depressão?

Sabe quando seu corpo enfrenta muita dor e acaba por desmaiar? O desmaio é como um tempo que o corpo pede para se recuperar. Acredito que a depressão seja o tempo que a sua psique pede para se recuperar e se reciclar, depois de um período de intensa ansiedade e estresse. E durante a depressão, quando você passa o dia todo deitado, parece que o cérebro libera algumas substâncias químicas que intensificam ainda mais esse estado, dificultando ainda mais a cura.

Em que momento da depressão você interrompeu a escritura do roteiro de Anticristo?

Quando meu estado ficou muito grave, eu tive que começar a fazer terapia. Nas sessões, eu começava a descrever o meu dia: "De manhã fiz isso, de tarde fiz aquilo...". Comecei a colocar as coisas em perspectiva, a fazer uma agenda mental de minhas ações, incluindo minhas horas de escrita e trabalho. Isso, de alguma forma, bloqueou minha criatividade. Lembro da fase de escalação de elenco para Anticristo: marquei encontro em Copenhague com Willem Dafoe e uma atriz inglesa que eu ainda não conhecia [Charlotte Gainsbourg] e não consegui dizer nada para eles. Minha mente era um branco total, eu só queria sair dali e ir chorar em outro lugar. Nesse momento, eu me perguntei: "Será que ainda sou capaz de fazer um filme?". Mas hoje esse filme existe. E não importa se ele funciona ou não, se ficou bom ou não. Tê-lo realizado já é uma vitória.

Então, a partir de agora, você acredita em terapia?

Não sei. A terapia que descrevo no filme é tratada de forma sarcástica [o marido interpretado por Willem Dafoe promove uma espécie de psicodrama com a própria esposa no meio da floresta, para ajudá-la a superar a dor da perda do filho, mas a mulher só piora]. Depois de ver o filme, meu psicólogo me mandou um pequeno bilhete em que dizia apenas: "Sim, sim...". [risos] Depois de Anticristo, vai ser difícil convencer as pessoas de que a terapia pode ajudar.

Ver o filme pronto foi como reviver a sua depressão e as limitações que você teve de encarar?

Não. Às vezes, eu me lembrava de alguns momentos de grande pressão que vivi no set. Mas, sobretudo, estou muito feliz de ter terminado Anticristo. Estar lá fisicamente foi o meu maior desafio, e eu o venci.

Ao lançar seu último filme, O Casamento de Rachel, o americano Jonathan Demme declarou-se um grande fã de seus filmes e do uso da câmera digital que você fez em Dançando no Escuro. Você teve alguma ideia particular sobre como filmar Anticristo?

Tive duas ideias distintas. A primeira era construir quadros monumentais, com muito trabalho de composição e detalhamento dentro de um mesmo plano. A segunda era filmar num estilo documentário, com câmera na mão. Mas logo encontrei problemas. Queria eu mesmo operar a câmera, mas minhas mãos começavam a tremer. É muito humilhante tentar fazer algo que você já fez antes e não conseguir. No fim, eu não tive muito controle sobre o lado técnico do filme. Por outro lado, me orgulho muito do trabalho que consegui fazer com os atores.

Por que, em Anticristo, você decidiu mostrar cenas de violência e mutilação genital, masculina e feminina?

Simplesmente achei que seria errado não mostrar. Sou um cineasta que acredita que devemos colocar na tela tudo o que pensamos. Sei que é doloroso ver, mas esse filme tem muito a ver com essas dores. Não dá para negar que existe algum componente de culpa no sexo. O mesmo vale para as mães: se observarmos ao redor, veremos muitas ações mesquinhas e malignas praticadas por elas com seus filhos. A maternidade não é unidimensional, não é só algo bom. Tem a ver com raiva e outros sentimentos menos nobres.

De onde vem esse estranho sentimento de culpa que você explora em todos os seus filmes?

Não sei muito bem de onde vem, não foi algo que assimilei dos meus pais... Não acho que eu sinta muita culpa na minha vida pessoal. Certamente não é uma culpa cristã, mas o fato de nascer em um país protestante já deve implicar certo número de culpas marcadas na minha identidade, mesmo que eu não seja um sujeito religioso.

Qual o sentido de Deus em seus filmes?

Nenhum. Deus não existe. Meus pais sempre foram ateus. Hoje, é como se eu pudesse devolver a Deus algumas coisas que aprendi sobre ele, e assim colocar minha vida em ordem.

Thiago Stivaletti é jornalista.


Crítica: Anticristo - a bruxa de Trier

28 de Agosto de 2009, às 12:56h

por Érico Borgo

antichrist_07.jpgO cineasta dinamarquês Lars von Trier chama Anticristo (Antichrist) de “o filme mais importante de toda a minha carreira”. Provavelmente é.

O primeiro terror da carreira do realizador de Dogville e Manderlay é uma espécie de exorcismo terapêutico de uma depressão na qual se encontrava há dois anos, um teste auto-infligido de sua capacidade de dirigir novamente. Mais do que isso, o filme examina ideias e pesadelos de décadas do diretor - que garante inclusive manter um exemplar de O Anticristo, manifesto anti-cristianismo de Friedrich Nietzsche em sua cabeceira desde os doze anos de idade.

A história é dividida em capítulos, outra marca do cineasta: “Luto”, “Dor (Caos Reina)”, “Desespero (Ginocídio)” e “Os Três Mendigos”, além de um prólogo e um epílogo. As cartelas dos episódio surgem sujas, pintadas sobre ilustrações abstratas em giz, contrastando com a absorvente beleza plástica do filme, fotografado por Antony Dod Mantle (Quem Quer Ser um Milionário). Desde a lindíssima abertura, toda em câmera lenta e preto e branco - retratando uma explícita cena de sexo e orgasmo - ao assombroso final, não há qualquer traço das restrições dogmáticas do passado de von Trier. Ele abraça aqui a necessidade do uso de todos os recursos cinematográficos para contar sua história - e chocar o público no processo.

“Chocar”, aliás, é uma palavra perfeita para determinar uma das intenções de von Trier com seu filme. Ele consegue realizar o que parecia irrealizável, um torture-porn psicológico de arte. Seria injusto extripar a produção de seus trunfos gore detalhando determinadas passagens aqui, mas fica o aviso que a violência física e psicológica e o sexo são explícitos e fundem-se sempre que podem. É como se O Albergue tivesse um filho com A Professora de Piano…

Chocantes também - ao menos para os padrões do cinema comercial - são as imagens que o filme apresenta (e como as apresenta). Em um determinado momento uma raposa eviscerada toma a tela para falar “caos reina”. A cena é risível, mas as risadas que se ouve no cinema são de puro desconforto. Como esse, há vários outros momentos que permanecem sangrados à faca na memória.

No palco estão Charlotte Gainsbourg (A Noiva Perfeita, 21 Gramas) e Willem Dafoe (Homem-Aranha 2, Manderlay), que vivem com entrega corajosa e tocante/revoltante um casal enlutado que se muda para uma cabana isolada depois da morte de seu filho. A pequena edificação, cravada na mata alta, se chama Eden - mas as forças em ação ali estão tão distantes do significado literal da palavra quanto aquele local da civilização.

Homem e mulher - ambos sem nome - mergulham em lamentação ali. Ele tenta salvá-la usando o que sabe, a psicologia. Ela se entrega à dor. As discussões são tão duras e verdadeiras que dá pra sentir-se um tanto sádico acompanhando-as. O sentimento de pesar e cinismo - uma constante na carreira de von Trier - aqui se faz presente como nunca. Segundo Anticristo, não há alento para a humanidade quando tudo o que acreditamos sobre nós mesmos é essencialmente errado.

Fonte: Omelete

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MR. VINGANÇA

Título Original: Boksunen Naui Got
Tempo de Duração: 129 minutos
Ano de Lançamento (Coréia do Sul):
2002
Estúdio: CJ Entertainment /
Studio Box
Direção: Park Chan-Wook
Roteiro: Lee
Jae-Sun, Lee Mu-Yeong, Lee Yong-Jong e Park Chan-Wook
Edição: Kim Sang-Beom


seta3.gif (99 bytes) Elenco
Song Kang-Ho (Park Dong-Jin)
Shin Ha-Kyun (Ryu)
Bae Du-Na (Cha Yeong-Mi)

Lim Ji-Eun (Irmã de Ryu)
Han Bo-Bae (Yu-Sun)
Kim Se-Dong (Chefe)
Lee Dae-Yeon (Choe)



O primeiro filme da trilogia de Park Chan-Wook, seguido por OLD BOY, e Lady Vingança. Ryu (Shin Ha-Kyun) é surdo-mudo. Sua irmã, a quem tem uma admiração devocional, precisa com urgência de um transplante de rim. Na ausência de doadores compatíveis, Ryu recorre ao mercado negro, mas é trapaceado e perde todas suas economias, bem como o próprio rim. Ryu então é convencido por sua namorada a seqüestrar a filha de 4 anos do empresário Dong-Jin (Song Kang-Ho) para custear a cirurgia de transplante. Mas o seqüestro não funciona como esperado: a irmã de Ryu se suicida ao descobrir os fatos, e a menina raptada morre afogada ao chamar sua atenção enquanto enterra sua irmâ. Sem outros motivos para viver, Dong-Jin e Ryu vão preparar implacáveis planos de vingança um contra o outro.

Um direção impecável de Park Chan-Wook, sendo este sem dúvida o mais bem trabalhado dos filmes da trilogia. A trama sinuosa nos leva ao interior de Ryu, ao mesmo tempo que vemos o desenvolver de sua perda de chão. O que acontece também com Dong-Jin, que assim como nos é mostrado, não possui nada além de uma empresa, um casamento arruinado e sua filha amada.
Park faz um filme silencioso, onde as vezes nos mostra o que Ryu pensa e fala, mostra também as atitudes revolucionarias e ao mesmo tempo a humanidade de sua namorada. E assim vai traçando os dois lados da moeda. Com personagens aparentemente superficiais, mas com emoções inseridas nas entrelinhas.
O filme não tem a fúria de OLD BOY, nem mesmo causa a revolta de LADY VINGANÇA, porém, Mr. Vingança é o mais humano de todos os filmes. Sendo que a própria vida dos personagens desencadeia reações sem volta. Assim como na vida. A pacividade é proibida.
Excelente filme, feito com muita calma e paciência, o resultado é uma fotografia linda e cenas que vão ficar na memôria.





quarta-feira, 29 de julho de 2009

NOVO VIDEO DO US - U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight


U2 - I'll Go Crazy If I Don't Go Crazy Tonight from David OReilly on Vimeo.




Maravilhosa animação do novo clipe do U2. Historinha bonitinha !

quarta-feira, 15 de julho de 2009

NOME PRÓPRIO de Murilo Salles

O blog vai ao cinema

"Nome Próprio", filme baseado em livros e site de Clarah Averbuck, leva a internet ao cinema, com protagonista blogueira

Ali pela virada do século, a gaúcha Clarah Averbuck tornou-se uma das primeiras celebridades da internet brasileira.
Tinha seus 20 e poucos anos, escrevia em um e-zine cultuado (o extinto Cardosonline), estava
de mudança para São Paulo (em 2001), começava a escrever um livro ("Máquina de Pinball") e a criar um blog (Brasileira!preta) popular.
Na mesma época, o cineasta Murilo Salles ("Como Nascem os Anjos") descobriu o blog e a escritora lendo sobre a fama deles em uma coluna de jornal. Comprou o livro e mandou um e-mail para a autora dizendo que queria adaptá-lo.
Sete anos depois -tempo suficiente para Averbuck publicar outro livro e escrever incontáveis posts, que acabaram se somando à adaptação para as telas-, o filme ficou pronto.
(...)

LEIA O ROTEIRO DE NOME PRÓPRIO. Aqui você baixa a primeira versão do roteiro, de Elena Soárez.


DEBATE APÓS FILME




ENTREVISTAS

MySpace Black Curtain - "Nome Próprio"


PORCAS BORBOLETAS E CICATRIZES

Musica "Nome Próprio", do Porcas Borboletas


MAKING OF

Nome Próprio - trailer/making off - remix de Lucas Bambozzi



Lembro me bem da primeira vez que assisti "Como nascem os anjos" de Murilo Salles. Um filme sedutor que ao mesmo tempo embrulha o estômago. Coisa de cineasta vanguardista com vertentes no cinema europeu. Desde então, Murilo cresceu muito como documentarista e cineasta. Agora, esta é a oportunidade para os desavisados, conhecer este fabuloso cineasta. Que neste caso, buscou a fonte no acaso de um blog e sua realizadora para compor sua nova obra. Além do mais, coloca uma das mais talentosas atrizes do cinema, que já estava longe da tela grande há algum tempo, nua, desregrada, num papel abusado, que em nenhum momento, ultrapassa o vulgar.
Nome Próprio promete causar mais burburinho do que o chato ROTA COMANDO.

EU VOU ASSISTIR PRIMEIRO DEPOIS EU COMENTO ! KKKK !

domingo, 12 de julho de 2009

O FILHO DE RAMBOW

Diretor(es): Garth Jennings
Roteirista(s): Garth Jennings
Elenco: Neil Dudgeon, Bill Milner, Jessica Stevenson¹, Anna Wing, Will Poulter, Tallulah Evans, Emilie Chesnais, Paul Ritter, Finola McMahon, Rachel Mureatroyd, Taylor Richardson, Peter Robinson (3), Charlie Thrift, Jules Sitruk, Sam Kubrick-Finney

SINOPSE

Ambientado no verão do interior britânico dos anos de 1980, a história fala sobre dois garotos de diferentes formações culturais e comportamentais que acabam se tornando grandes amigos. O órfão de pai Will é o filho mais velho numa tradicional família da congregação Plymouth Brethren (também conhecida como "Irmãos de Plymouth"), um movimento cristão fundamentalista cujos integrantes se consideram os escolhidos de Deus. Seguidores de um rígido código moral, Will sabe que jamais lhe será permitido juntar-se às crianças fora de seu grupo, escutar música ou assistir à televisão. Mas um dia ele conhece o garoto Lee Carter, o terror da escola e famoso por fazer vídeos caseiros bizarros. Carter então apresenta a Will uma cópia pirata de "Rambo - Programado para Matar", o que deixa o menino alucinado. Cheio de ideias, Carter decide fazer a sua versão do filme e ainda colocar o novo amigo Will como o personagem central. O jovem tem sua grande chance de conhecer um mundo completamente diferente do seu, mas também terá de ter muita imaginação para manter isso em segredo de sua família.

Belo filme inglês sobre amizade, companheirismo e sonhos num universo infantil livre do olhar deturpador adulto. Um filme para curtir !





DOWNLOAD > RMVB Legendado - 299MB
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sábado, 4 de julho de 2009

CORALINE

CORALINE de Neil Gaiman

CORALINE: O OUTRO LADO DO ESPELHO DE NEIL GAIMAN
Como um romance escrito para crianças pode ser uma das melhores leituras para adultos nos últimos tempos
por Enéias Tavares (neiastavares@yahoo.com.br)

nquanto dizia essas palavras, seu pé escorregou, e no momento seguinte, tchumbum! Estava com água salgada até o queixo... No entanto, ela logo entendeu que estava na poça de lágrimas que tinha chorado. ‘Gostaria de não ter chorado tanto!' disse Alice, enquanto nadava ao redor, tentando encontrar o seu caminho. ‘Vou ser castigada por isso agora, pelo visto, morrendo afogada nas minhas próprias lágrimas! Vai ser esquisito, com certeza! Mas tudo é esquisito hoje.'”

Quando pronunciou essas sílabas, no capítulo dois de Alice no País das Maravilhas , de Lewis Carroll, mal sabia a pequena Alice que estava colocando em simples palavras o enigma da infância encerrado dentro de cada um de nós: não apenas a pressão do mundo adulto para crescermos sábios e fortes, como também a estranheza de um mundo em que os pais estão longe e todo um universo nada mais é do que, segundo Alice, esquisito. Recauchutando essa idéia de forma mais do que original, o escritor inglês Neil Gaiman brindou-nos com a melhor versão moderna do romance de Carroll: um livro para crianças, que deve também ser lido por adultos, chamado Coraline .

Quando a graphic novel em três edições Orquídea Negra foi publicada pela DC Comics em 1988, tanto seu autor Neil Gaiman como seu ilustrador, Dave McKean, eram praticamente desconhecidos fora da Inglaterra. Com o sucesso de Orquídea Negra e com a contínua parceria da dupla, como roteirista e capista, respectivamente, na série mais premiada dos quadrinhos, Sandman (de 1989 a 1994), já era de se esperar que a dupla voltasse a trabalhar novamente em outros projetos, o que de fato aconteceu. Assim, quando foi anunciado em meados de 2001 que estavam preparando um pequeno romance para crianças, a atenção não foi pequena. Em 2002, lançaram o tão aguardo romance Coraline , escrito por Gaiman, com ilustrações e capa de McKean. Diferente de Sandman , em que o foco principal era uma história adulta escrita por um adulto para adultos, em Coraline temos uma balada sombria que deve ser tocada para crianças. Mas não para qualquer criança. Caso raro na literatura infanto-juvenil atual, Coraline é indicado para crianças que se recusam a ser hipnotizadas pela televisão e também para a criança perdida dentro de cada um de nós, que no decorrer da adolescência e da vida adulta acabou se perdendo na burocracia da responsabilidade.

A história começa com a filha única Coraline (e que não a chamem de Caroline!) mudando-se com seus pais para um apartamento reformado, que antigamente era uma grande mansão. Nela, Coraline descobre uma porta que às vezes dá para uma parede de tijolos e às vezes para um outro mundo “quase” igual ao seu. Nesse novo e alternativo mundo, Coraline poderia aparentemente ser bem mais feliz que na vida com que estava acostumada. Seus brinquedos têm vida própria, pode-se comer batatas fritas toda hora, sempre tomar refrigerante no lugar de água e ir dormir a hora que quiser. Além disso, nesse mundo os pais de Coraline podem e querem brincar com ela todo o tempo. O único porém é que, no lugar de olhos, eles têm botões de camisas costurados, e para Coraline ficar ali, deve também deixar sua querida outra mãe costurar um botão em cada um dos seus. Para a protagonista, tudo é uma simples questão de escolha, até que sua outra mãe aprisiona seus pais verdadeiros, fazendo com que ela fique completamente sozinha em sua verdadeira casa. Sua única opção é voltar para o mundo atrás da parede de tijolos na esperança de resgatar seus pais.

Lidando com temores infantis, e muitas vezes também adultos, como solidão, tristeza e indecisão, Gaiman vai montando o seu pequeno romance como uma cantiga de ninar que aos poucos se transforma numa pesada e violenta canção noturna. Com diversas referências a Shakespeare, Edgar Allan Poe, Lewis Carroll e à obra prima de Roman Polanski O Bebê de Rosemary , só para citar algumas, Neil Gaiman demonstra um domínio perfeito de sua prosa concisa, rápida e afiada. Assim, se Carroll escreveu um livro de crianças para adultos, Gaiman consegue aqui transcender isso, ao escrever um livro adulto para crianças.

No decorrer da cada um dos 13 capítulos, Coraline encontra-se com um elenco invejável de personagens coadjuvantes. Abaixo de seu apartamento, moram as idosas senhoritas Spink e Forcible, ex-atrizes de teatro que dedicam horas a conversar sobre filmes antigos e a cuidar de seus três cães escoceses. Acima, vive um velho de bigode chamado senhor Bobo que entre outras coisas está a treinar um Circo de Ratos, embora eles estejam com uma dificuldade enorme de tocar no compasso certo. Ainda a destacar são as crianças presas atrás do espelho, destino igual ao de Coraline se não conseguir encontrar seus pais e voltar para seu mundo. Os pais da protagonista são atenciosos e amorosos com sua pequena filha, embora tenham que ficar tempo demais na frente do computador “ fazendo coisas de adultos”. No capítulo V, encontramos uma das mais tocantes e sinceras descrições de coragem e amor paterno num acontecimento lembrado por Coraline quando seu pai a salvou de um enxame de vespas ainda em sua antiga casa.

Essa distância necessária da pequena Coraline de seus pais ocupados é um dos pontos altos da narrativa de Gaiman. A história de Coraline nos faz pensar sobre os meses e os anos que pais perdem quando não vêem seus filhos crescendo por estarem ocupados demais, por serem responsáveis demais ou por serem, simplesmente, adultos demais. Marco Aurélio, um dos mais sábios Césares do passado, em uma frase usada por Ridley Scott em seu Gladiador , escreveu que “os pecados de um filho refletem os pecados de seus pais”. Talvez o distanciamento dos jovens hoje nada mais seja do que um reflexo do afastamento de seus pais, fato não tão preocupante na geração passada. No caso de Coraline, lhe é oferecido em seu outro lar tudo o que faltaria no verdadeiro: a atenção de seus pais.

Mas quem realmente rouba todos os capítulos em que aparece, ficando mudo ou falando, é definitivamente o Gato Preto. No capítulo IV, Coraline, já do outro lado da porta, pergunta ao Gato Preto se poderiam ser amigos. O gato responde : “Sim, poderíamos ser amigos. Como também poderíamos ser espécimes raros de uma raça exótica de elefantes africanos dançarinos. Mas não somos. Pelo menos eu não o sou” . Depois de perguntar seu nome, Coraline recebe a seguinte resposta : “Gatos não tem nomes... Vocês pessoas têm nomes. Isso é porque vocês não sabem quem vocês são. Nós sabemos quem somos, portanto não precisamos de nomes”. Sempre com uma língua afiada e com unhas mais afiadas ainda, o Gato Preto por fim torna-se amigo de Coraline para, no desfecho da trama, ter um papel decisivo no confronto com a outra mãe que acaba se revelando a grande vilã da história.

Por fim, Neil Gaiman, monta, em Coraline , uma de suas melhores galerias de personagens, e isso falando do homem que deu vida aos perpétuos de Sandman e ao mundo de fadas, heróis, monstros e estrelas caídas de Stardust . Numa alusão a nossa infância, ele apresenta o pesadelo de cada um de nós: o de viver prisioneiro dos nossos próprios sonhos e desejos. Próximo do final da narrativa, um dos personagens diz a Coraline: “E se você fizer tudo o que jurou que faria? E daí? Nada mudou. Você vai pra casa. Vai se entediar. Vai ser ignorada. Ninguém vai ouvir você, ouvir realmente. Você é esperta demais e quieta demais para que eles a compreendam. Eles sequer sabem falar o seu nome. Fique aqui conosco. Nós te ouviremos, brincaremos e riremos com você. Sua outra mãe construirá mundo inteiros para você explorar e rasgar a cada noite quando tiver acabado. Cada dia será melhor e mais brilhante do que o anterior. Lembra-se da caixa de brinquedos? Não seria melhor o mundo construído daquele jeito e somente para você?...Se ficar aqui, terá tudo o que quiser!” E é nesse ponto que Gaiman propõe à sua protagonista, e a todos nós, uma escolha entre ser deus e ser humano, tendo de um lado a realização completa de todos os nossos desejos, e do outro, a nossa vida como sempre a vivemos, com todos os seus pequenos grandes momentos de alegrias, dores, amizades, lágrimas, vitórias, tombos, desapontamentos e amores. A pergunta que gruda em nossa mente é: “O que nós escolheríamos?” Coraline não pestaneja ao responder: “Você realmente não entende não é? Eu não quero tudo o que eu quiser! Ninguém quer. Não realmente. Que graça teria ter tudo o que se deseja? Em um piscar de olhos e sem o menor sentido? E daí?... É claro que você não entende. Afinal você é apenas uma cópia ruim de um ser humano. Talvez nem isso.” Quanto a nós, certamente escolheríamos o mesmo, se já não fossemos tão adultos.

Assim, Neil Gaiman nos brinda novamente com um passeio pelos nossos próprios sonhos e pesadelos, agora ao lado da pequena e esperta Coraline. Ao seu lado, Dave McKean nos apresenta algumas das suas mais assustadoras e belas ilustrações, junto a uma de suas mais impressionantes capas. O que fica somos nós e nossas escolhas, entre continuarmos a ser adultos ou, uma vez ou outra, dar uma espiada atrás da porta que dá para a parede de tijolos. Talvez algum dia, ou em alguma noite, venhamos a encontrar um longo e escuro corredor que nos levará aos sonhos e aos desejos perdidos de nossa longínqua infância.



quarta-feira, 1 de julho de 2009

NOVO FILME DE FRANCIS FORD COPPOLLA GRAVADO NA ARGENTINA
Neste video Coppolla fala sobre TETRO em seu escritório numa gravação caseira





Tetro – Trailer Oficial de Francis Ford Coppolla

segunda-feira, 29 de junho de 2009

PEQUENA JERUSALEM

  • Título original: La Petite Jerusalem
  • Diretor: Karin Albou
  • Elenco: Fanny Valette, Elsa Zylberstein, Bruno Todeschini, Hedi Tillette
  • Gênero: Drama
  • Ano: 2005

SINOPSE

No subúrbio de Paris habitado por imigrantes judeus do norte da África conhecido como "Pequena Jerusalém, jovem judia se apaixona por rapaz muçulmano. Com ela vivem sua irmã mais velha, que estuda as leis hebraicas para satisfazer os desejos do marido religioso e a mãe supersticiosa.


Excelente trabalho de estréia de Karin Albou. Com fotografia linda e os atores afinadíssimos. Mais um filme onde judeus e palestinos se confrontam em relações inevitáveis. Desta vez, a paixão joga Laura ( Fanny Valette ) contra tudo o que ela acredita. As teorias de controle de Kant não conseguem parar o furor da paixão existente entre ela e um árabe ao qual tem uma relação de trabalho.
Karin Albou mostra sua versatilidade em tratar com temas políticos e religiosos de uma maneira delicada. Invandindo o universo feminino de relações humanas como nenhuma outra diretora soube fazer. Um filme de pouco impacto, mas muito bem feito, com simetria entre atores e realizadores.
O filme que precedeu LE CHANT DES MARIÈE, ao qual eu sinceramente considero uma obra prima. Karin Albou promete




domingo, 28 de junho de 2009

LE CHANT DES MARIÉES

O filme se passa em 1942, quando a Tunísia é ocupada por forças alemãs durante a Segunda Guerra Mundial.A chegada da Alemanha representa uma tentativa de aliança com a população muçulmana local, que trocaria seu apoio pela promessa de independência da Tunísia.

FICHA TÉCNICA:
Gênero: Drama
Diretor: Karin Albou
Duração: 100 minutos
Ano de Lançamento: 2008
País de Origem: França / Tunísia
Idioma do Áudio: Árabe / Francês

ELENCO:
Lizzie Brocheré ... Myriam
Olympe Borval ... Nour
Najib Oudghiri ... Khaled

Mais um filme da excelente safra de filmes franceses. Ambientado na Túnisia, com um orçamento bem reduzido, a diretora Karin Albou, que também interpreta uma das personagens do filme, faz um filme intenso sobre a amizade e a perda da inocencia. As duas atrizes principais são divinas e conduzem o filme com o peso de atrizes veteranas. A trama política é real e cruel, mas até o Alcorão nos traduz que os seres humanos são iguais, mesmo tendo causas e motivações diferentes. Um filme para ser adimirado !



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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Título Original: A Casa de Alice
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (Brasil):
2007
Site Oficial: www.acasadealice.com.br
Estúdio:
Distribuição: Imovision
Direção: Chico Teixeira
Roteiro: Chico Teixeira, Júlio Pessoa, Sabina Anzuategui e Marcelo Gomes
Produção: Patrick Leblanc e Zita Carvalhosa
Fotografia: Mauro Pinheiro Jr.
Direção de Arte: Marcos Pedroso
Figurino: André Simonetti
Edição: Vânia Debs


seta3.gif (99 bytes) Sinopse
Alice (Carla Ribas) é uma manicure que tem em torno de 40 anos e mora na periferia da cidade de São Paulo. Ao lado de sua família, Alice tenta levar a vida do melhor jeito possível ao enfrentar os problemas do dia-a-dia.

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Excelente filme paulista com elenco fascinante ! A casa de Alice é um marco do cinema simples e destruidor da nova fase do cinema nacional.



quinta-feira, 11 de junho de 2009


ESQUECENDO CHEYENNE

Sinopse: A história é de um casal de lésbicas em crise quando uma das duas, jovem jornalista desempregada, decide se excluir da sociedade. É uma verdadeira fábula contemporânea tratando do que os franceses chamam de "nova precariedade" (o drama dos intelectuais sem emprego.)

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Um filme interessante de questionamento sobre onde esta crise social atual nos levará ! Mais um fabuloso filme francês, que cumpre seu papel no quesito social. Cheyenne quer ser esquecida, mas o amor de sua parceira poderá quebrar as barreiras que as separam. Lindo sem ser pretencioso !
LÍRIOS D´ÁGUA

SINOPSE

Num subúrbio de Paris, em pleno verão, três amigas de 15 anos praticam nado sincronizado e, enquanto convivem pelos corredores e vestiários da academia, despertam entre si os primeiros sentimentos de desejo, amor e violência.

Incrível o como os ritos de passagem são assustadores. Neste filme, a diretora e roteirista Céline Sciamma mostra de forma bem clara o como é duro e belo amadurecer. em mais um grande filme francês. Cenas belissímas nos levam ao ambiente de três jovens que perdem sua infância ao descobrirem cruamente a paixão.

terça-feira, 9 de junho de 2009


NINA

Ano de Lançamento (Brasil): 2004
Site Oficial: www.ninaofilme.com.br
Estúdio: Gullane Filmes
Distribuição: Columbia TriStar do Brasil
Direção: Heitor Dhalia
Roteiro: Marçal Aquino e Heitor Dhalia
Produção: Caio Gullane e Fabiano Gullane
Música: Antônio Pinto
Fotografia: José Roberto Eliezer
Desenho de Produção:
Direção de Arte: Akira Goto e Guta Carvalho
Figurino: Juliana Prysthon e Verônica Julian
Edição: Estevan Santos





Um filme belíssimo com atuação cáustica de Guta Stresser em seu primeiro papel para cinema. Nina vive no limite, sem forças para entrar na ordem que a oprime, e sem forças para se tornar um ser extraordinário rompedor de suas próprias cadeias. Em sua frase inicial, Nina descreve que existem duas espécies de seres humanos classificados. A dos ordinários, e a dos estraordinários. Imfelizmente ela não se classifica em nenhuma das duas categorias que ela mesmo criou, vivendo como um zumbi em um mundo dotado de seres esteriótipos, porem não determinantes.


Nina merece destaque pela excêlente fotografia, cenografia, direção e as belíssimas atuações do elenco feminino, que determinam a trama num jogo morbido de David Lynch, com os cenários tenebrosos do apartamento que lembram os velhos filmes de Roman Polanski.
Muita equidade também com o jeito inovador de se fazer cinema no Brasil, lembrando um pouco o fabuloso O Cheiro do Ralo.
Filme imperdível !